Kant foi o último filósofo do Iluminismo

A professora Helena Serrão publica aqui um texto “filosófico”, escrito por uma novelista de seu nome Muriel Barbery, que confunde os conceitos de “literatura” e de “filosofia”.

O texto de Muriel Barbery incorre em um erro comum, que consiste em classificar Kant como membro da corrente filosófica idealista (idealismo). Olavo de Carvalho cometeu esse mesmo erro, e a Wikipédia também.

“Kant foi o último filósofo iluminista” (palavras de Bertrand Russell corroboradas por Nicola Abbagnano).

O equivoco do referido texto vai mais longe: também classifica Husserl de “idealista”.

Quando temos dificuldade em entender um sistema filosófico, dizemos dele que é “idealista”. É assim que Husserl e Lavelle, por exemplo, são também classificados de “idealistas” por muita gente, porque são filósofos muito difíceis de compreender.

¿Como é possível ser simultaneamente marxista e católico?

“José Manuel Pureza, 66 anos, professor universitário, coimbrinha e católico assumido, prepara-se para suceder a Mariana Mortágua na liderança do partido.”

O herdeiro sereno do caos bloquista

O Grande Acusador utiliza os mais sofisticados disfarces e tramas para nos enganar. Ao contrário do que aconteceu com o arcanjo católico e bíblico, os arcanjos marxistas impedem o Homem de escapar dos seus paraísos.

pele de cordeiro webPureza é um marxista; por definição e pelo princípio lógico da não-contradição, não pode ser católico — a não ser que o Pureza tenha repudiado o marxismo, o que não faz sentido porque se candidata a líder do Bloco de Esquerda: um líder do Bloco de Esquerda que não seja marxista é uma contradição com pernas.

O Grande Acusador triunfa completamente quando não deixa nem rasto nem impressão digital.

Pureza será o líder do Bloco de Esquerda mais perigoso desde a fundação daquele partido, porque é um lobo com pele de cordeiro: naturalmente que ele pode enganar muita gente, mas não deveria enganar o clero católico que (supostamente) tem formação teológica.

Porém, se o objectivo da actual Igreja Católica é simplesmente organizar um paraíso terrestre, os padres católicos não fazem falta: para esse desiderato, basta o diabo e os seus acólitos puritanos e/ou bloquistas.

O Pureza não resistiria a cinco minutos de debate comigo acerca da relação entre o marxismo e o catolicismo; mas tentará certamente aldrabar o povo. Parafraseando Augusto Santos Silva: “o Pureza quererá ser um Chico-esperto, mas fará figura de Aldrabilhas”.

Uma Justiça enviesada irá tornar o ambiente político irrespirável

Imaginem um cartaz do Bloco de Esquerda com as seguintes frases: “A lei é para todos”; e “os capitalistas têm que pagar impostos”.

capitalistas impostos web

Não lembraria ao careca que a AEP fosse processar a Mariana Mortágua por injúria ou difamação — porque o cartaz seria de Esquerda.

ciganos cumprir a lei web

Mas se o cartaz é de Direita — como é o cartaz dos “ciganos que têm que cumprir a lei” —, então já vale a judicialização da política, e a intervenção de uma Justiça enviesada e injusta.

Aplica-se aqui o conceito de tolerância repressiva de Herbert Marcuse:Tudo o que vem da Esquerda é bom, e tudo o que vem da Direita é mau”. E os juízes da república das bananas assinam por baixo.

O argumento segundo o qual “o André Ventura não é católico”

Os me®dia e os jornaleiros invocam amiúde a pretensa hipocrisia de André Ventura, alegadamente porque ele vai à missa mas não defende as portas abertas à imigração. Para tal, o jornalixo invoca o papa Chico e o Leão XIV — mas os jornaleiros nunca dizem a verdade: o Estado do Vaticano não acolheu um só imigrante!

Que fique bem claro: nem o Cristianismo nem o paganismo defendem éticas altruístas.

Tanto a moral cristã como a pagã são individualismos éticos que impõem deveres sociais apenas como meios para o aperfeiçoamento individual terreno, tendo em vista a salvação.

O facto de o Estado do Vaticano não ter acolhido um só imigrante diz bem da hipocrisia do Leão XIV. Aqui, o hipócrita não é André Ventura que apenas segue o padrão ético tradicional do Cristianismo: o hipócrita é o Leãozinho, porque defende que se deve fazer uma coisa e faz outra (bem prega Frei Tomás…!).

Sobre o campanário da igreja moderna, o clero progressista do Leãozinho, em vez de uma cruz, coloca um cata-vento para seguir caninamente o Espírito do Tempo.

A Igreja Católica — até Concílio do Vaticano II — evitou o seu esclerosamento em seita quando pediu ao cristão que exigisse a sua própria perfeição, e não que a exigisse ao seu vizinho. Hoje, a Igreja Católica tende a transformar-se em uma seita.

A angústia da Igreja actual — a do Leãozinho — perante a miséria das multidões obscurece a sua consciência de Deus.

No seio da Igreja Católica actual, existem os “integristas” que são os que não perceberam ainda que o Cristianismo necessita de uma teologia com algumas alterações em relação à teologia tradicional, e existem os “progressistas” que são os que não perceberam que a nova teologia deve ser cristã. O falecido Chico e o Leãozinho fazem parte do grupo dos “progressistas”.

Os idiotas que noutros tempos atacavam a Igreja Católica, são os mesmos que agora se encarregam de a reformar. Há dois séculos para cá que o “Cristianismo primitivo” se acomoda, a cada novo decénio, às opiniões da moda.

Se a Igreja Católica do Leãozinho se converter num partido político (como já está a acontecer), as portas do inferno vomitarão quantos eleitores forem necessários para a submeter. Até ao Concílio do Vaticano II, a Igreja Católica absolvia os pecadores; hoje, a Igreja Católica do Chico e do Leãozinho absolve os pecados.

Já nada me espanta, vindo dos donos da Língua Portuguesa

O Henrique Pereira dos Santos escreveu o seguinte:

“Uma senhora imigrante, legalizada, morreu de complicações associadas à gravidez, depois de ter passado pelo hospital uma vez, a terem mandado para casa e depois o socorro não ter chegado a tempo quando, em casa, a situação se complicou.

É uma situação que poderia acontecer a qualquer mulher, embora menos provável em gravidezes mais bem acompanhadas.”

Eu levei muitos calduços da minha mãe — que era professora do Ensino Primário no tempo de Salazar — por utilizar o termo “mais bem”. Dizia a minha mãe que se devia dizer e escrever “melhor”, ou seja:

“É uma situação que poderia acontecer a qualquer mulher, embora menos provável em gravidezes melhor acompanhadas.”

Porém, hoje já não sei como escrever em português, porque já me deparei com situações inclassificáveis — absurdas, até. Por exemplo, já fui criticado, por intelectuais de Esquerda e nos comentários deste blogue, por usar vírgulas nos meus textos (!).

Provavelmente haverá alguém do ISCTE a afirmar que “mais bem” é português correcto e que sou eu escrevo mal a língua.

“A tudo se chega enquanto a vida dura”.

“Morte aos traidores”

Vamos provocar a Esquerda

Assinei a petição.

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Mariana Mortágua requiescat in pace

Em espasmos de ressentimento narcísico patológico, a Esquerda radical inventa os males que denuncia para depois justificar o bem que proclama.

mariana mortagua pais mais seguro 400 web

A Esquerda radical não se preocupa com os pobres: preocupa-se exclusivamente com os ricos.

Dizem-se “democratas”, mas quando a democracia os assusta, os esquerdistas usam e abusam do vocábulo “populismo”. São “democratas”, mas não muito.

O esquerdista, na sua obsessiva busca pela igualdade, aplica o mesmo estalão à humanidade inteira, para poder cortar aquilo que a transcende: a cabeça. A decapitação é o rito central da missa esquerdista.

O totalitarismo é a realidade empírica da “Vontade Geral” de Rousseau que foi um dos precursores do Romantismo que caracteriza a Esquerda pós-moderna. Segundo a “Vontade Geral” de Rousseau, a função do tirano é a de libertar cada cidadão da tirania do seu vizinho.

Ao contrário do que disse (ou escreveu) o Sérgio Sousa Pinto (Partido Socialista), a Esquerda actual (pós-moderna ou pós-estruturalista) não provém do Iluminismo, mas antes deriva directamente do Romantismo do fim do século XVIII (Rousseau, os jacobinos, etc.) e princípio do século XIX.

A Esquerda pós-moderna sonega o Iluminismo, por um lado, e por outro lado adopta claramente o cientismo positivista — sendo que o Positivismo é Romantismo das ciências.

O arquétipo mental totalitário da Isabel Moreira

isabel moreira tabagismo web

Eu nunca aceitei que me obrigassem, por lei, a colocar o cinto de segurança quando me desloco de automóvel — porque sempre pensei (e penso) que é um abuso da autoridade do Estado. O cidadão deveria ser aconselhado (pelo Estado) a colocar o cinto de segurança, mas considero que a obrigatoriedade legal da sua colocação, com direito a multas esdrúxulas e acintosas, não deveria ocorrer.

Da mesma forma que o Estado não proíbe, por lei, o fumo do cigarro (com excepção o fumo em espaços públicos fechados), também não deveria proibir que o cidadão se deslocasse no seu automóvel sem cinto de segurança colocado.

Ou seja, o vídeo anti-tabagista (a que se refere a Isabel Moreira) faz todo o sentido em uma sociedade em que o Estado dá liberdade ao cidadão para fumar, se assim quiser; mas o Estado também deve ter a liberdade de defender a ideia segundo a qual o cidadão não deveria fumar — e daí surge o vídeo do Ministério da Saúde.

Seria muito mais fácil ao Estado proibir a venda de tabaco por decreto, e estaríamos um Estado puritano e totalitário — assim como foi facílimo ao Estado proibir aos cidadãos a condução sem cinto de segurança. Eu não sou atreito a aceitar facilmente proibições ditadas pelo Estado.

A questão é esta: ¿o fumo de tabaco faz mal à saúde do cidadão?

A resposta é: está cientificamente demonstrado que o tabagismo é prejudicial à saúde do cidadão, mas o Estado não tem nada a ver com isso.

O Estado pode dar conselhos, se assim quiser. Tudo o que seja mais do que um conselho é abuso de confiança.

O argumento Vegan, esquerdóide e politicamente correcto segundo o qual “ai e tal, os hospitais públicos são pagos pelo Estado”, não colhe — porque, pelo mesmo tipo de raciocínio, teríamos que proibir (por decreto) a existência dos gordos, proibir os McDonalds, proibir o consumo de açúcar, proibir a carne de porco, etc., e púnhamos os cidadãos a comer erva. E viva Estaline!

E, apesar de todas estas proibições, as pessoas continuariam a morrer nos hospitais públicos, para desgosto do Estado cripto-estalinista.

Porém, o problema aqui é a idiossincrasia da Isabel Moreira: por um lado, defende que o partido CHEGA deveria ser ilegalizado porque não concorda com as ideias desse partido; e depois vem defender a ilegalização do direito do Estado a dar simples conselhos aos cidadãos.

A Isabel Moreira tem um arquétipo mental totalitário que deveria incomodar o Partido Socialista. Ela defende a proibição de tudo com o que ela não concorde; mas, de um Partido Socialista radical e de extrema-esquerda, já esperamos tudo.

Por isso é que a classe política do sistema actual protege os ciganos

Na actual sociedade do Estado progressista, as classes com interesses opostos já não são a burguesia e o proletariado, mas antes são a classe que paga impostos, por um lado, e, por outro lado, a classe que vive na chulice e à pala dos impostos pagos pela maioria.

Por isso é que os políticos da Esquerda (PSD incluído) protegem e respeitam o modus vivendi dos ciganos: comem todos da mesma gamela.

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