O senhor Guilherme Valente escreve aqui uma ode prosaica à China. Ou seja, temos um exemplo de um Valente que se acobarda perante o Poder chinês.
As ideias mestras do senhor Valente, em relação à China, são as seguintes:
1/ Os europeus são os culpados pelo regime comunista chinês.
2/ Se o Ocidente não chatear a China, o regime chinês evoluirá (“se não se sentir ameaçado”) — para uma coisa qualquer que o senhor Valente não diz o que é.
3/ A China, ao contrário do Ocidente, “não impõe aos outros os modos de viver próprios”.
4/ A Teresa de Sousa é ignorante porque critica a China.
5/ Na China, o sistema actual é “capitalista” (segundo o senhor Valente).
Tenho muita dificuldade em compreender o arquétipo mental do senhor Valente.
Por exemplo, quando o regime chinês patrocina e promove a recolha de órgãos (do corpo humano) a partir de cidadãos chineses ainda vivos, o senhor Valente provavelmente dirá que “a culpa é do Ocidente”.
Fico pior que estragado com estes “intelectuais” de merda!
E depois temos (no senhor que é Valente) a certeza do futuro — mesmo que os factos indiciem o contrário do que é desejado por ele: “o regime chinês vai evoluir”, diz o senhor Valente, mesmo sabendo que o regime chinês alterou recentemente a sua Constituição para albergar a figura de um líder vitalício.
Para o senhor Valente (que se acobarda), os factos não contam.
Basta ver o que se passa com a actual influência da China nos países africanos para percebermos que o senhor Valente (acobardado) não tem razão: a China impõe aos países africanos a forma chinesa/comunista de estar no mundo.
Finalmente, o distinto senhor Valente (que se apanasca, face à China) não percebeu a diferença entre um regime de cariz económico liberal/capitalista (por exemplo, os Estados Unidos), por um lado, e, por outro lado um regime fascista em que as empresas privadas são estritamente controladas pelo Estado (por exemplo, na Itália de Mussolini, ou na Alemanha de Hitler, ou na actual China).
Winston Churchill escreveu o seguinte: “um apaziguador é alguém que alimenta um crocodilo na esperança de ser comido (por este) em último lugar”. E parece que o senhor Valente é um apaziguador.